Oficina de meditação Zen na Unicamp: Inscrições para o segundo semestre estão abertas:
http://www.preac.rei.unicamp.br/casadolago/index.php/oficinas (informações gerais)
http://www.preac.unicamp.br/casadolago/index.php/inicio/145-oficina-de-meditacao (sobre a oficina)
http://www.preac.rei.unicamp.br/casadolago/2013-2s/inscricoes/meditacao/inscricao.php (formulário)
Sempre ás quartas-feiras no horário 14h30 - 16h00
Maria do Carmo & Volker
Página de divulgação das atividades da Associação Zen de Campinas - AZC. Agenda de prática, retiros e visitas de professores do Dharma, monges e mestres Zen. Para demais informações sobre nós, visite nosso site, clicando aqui .
quarta-feira, 31 de julho de 2013
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Experiência, não Filosofia - Shunryu Suzuki
"Há algo de blasfêmia em falar de como o budismo é perfeito enquanto filosofia ou ensinamento, sem saber o que ele é na realidade."
Embora muitas pessoas neste país estejam interessadas no budismo, poucas estão interessadas em sua forma pura. A maioria está interessada em estudar o ensinamento ou a filosofia do budismo. Ao compará-lo com outras religiões, apreciam quanto o budismo é satisfatório intelectualmente. Mas se o budismo é filosoficamente profundo, bom ou perfeito, não vem ao caso.
Nosso propósito é manter nossa prática em sua forma pura. As vezes, sinto que há qualquer coisa de blasfêmia em falar de como o budismo é perfeito enquanto filosofia ou ensinamento, sem saber o que ele é na realidade.
Praticar zazen em grupo é a coisa mais importante para o budismo - e para nós - porque esta prática é o modo de vida original. Sem conhecer a origem das coisas, não podemos avaliar o resultado do esforço de toda uma vida. Nosso esforço há de ter algum sentido. Encontrar o sentido de nosso esforço é encontrar a fonte original de nosso esforço. Não devemos nos preocupar com o resultado de nosso esforço antes de conhecer sua origem. Se a origem não for clara e pura, nosso esforço não será puro e o resultado não nos satisfará. Quando retomamos nossa natureza original e incessantemente nos esforçamos a partir dessa base, então apreciamos o resultado de nosso esforço momento após momento, dia após dia, ano após ano. Eis como devemos apreciar a vida. Aqueles que se apegam apenas ao resultado de seu esforço não terão qualquer oportunidade de apreciá-lo, porque o resultado nunca virá. Mas se, momento após momento, seu esforço emergir de sua origem pura, tudo quanto você fizer será bom, e você ficará satisfeito com qualquer coisa que faça.
A prática do zazen é a prática em que retomamos nossa forma pura de viver, para além de qualquer idéia de posse, fama ou lucro. Pela prática, conservamos nossa natureza original tal qual ela é. Não há necessidade de intelectualizar acerca do que é nossa natureza pura, original, mesmo porque está além de nosso entendimento intelectual. Não há necessidade de apreciála, porque está além de nossa apreciação. Assim, apenas sentarnos, sem qualquer idéia de ganho e com a mais pura intenção, permanecendo tão tranqüilos como a nossa natureza original - esta é nossa prática.
No zendô, nada há que seja decorativo. Apenas chegamos e nos sentamos. Depois de comunicar-nos uns com os outros, vamos para casa e retomamos nossa atividade diária como uma continuidade de nossa prática pura, apreciando nosso modo de vida verdadeiro. Contudo, isto é muito pouco usual. Onde quer que eu vá as pessoas me perguntam: "O que é budismo?", com seus cadernos preparados para anotar minha resposta. Vocês podem imaginar como eu me sinto! Mas, aqui, só praticamos zazen. É tudo o que fazemos e somos felizes nesta prática. Para nós, não há necessidade de entender o que é o Zen. Nós praticamos zazen. Assim, para nós não há necessidade intelectual de saber o que é o Zen. Isto, penso eu, é muito incomum para a sociedade americana.
Nos Estados Unidos existem muitos modos de vida e muitas religiões; assim, parece bastante natural falar sobre as diferenças entre as várias religiões e comparar umas com as outras. Mas, para nós, não há necessidade de comparar budismo e cristianismo. Budismo é budismo, e budismo é a nossa prática.
Quando praticamos com uma mente pura, nem sequer sabemos o que estamos fazendo. Assim, não podemos comparar nosso caminho com qualquer outra religião. Algumas pessoas podem dizer que Zen-budismo não é religião. Talvez seja assim, ou talvez o Zen-budismo seja uma religião anterior à religião. Desse modo, não seria uma religião no sentido usual. Mas é maravilhoso e, embora não o estudemos intelectualmente, embora não tenhamos catedrais nem ornamentos decorativos, podemos apreciar nossa natureza original. Isto é, penso eu, bem fora do comum. (Shunryu Suzuki Rōshi, Mente Zen, Mente de Principiante, Editora Palas Athena)
Embora muitas pessoas neste país estejam interessadas no budismo, poucas estão interessadas em sua forma pura. A maioria está interessada em estudar o ensinamento ou a filosofia do budismo. Ao compará-lo com outras religiões, apreciam quanto o budismo é satisfatório intelectualmente. Mas se o budismo é filosoficamente profundo, bom ou perfeito, não vem ao caso.
Nosso propósito é manter nossa prática em sua forma pura. As vezes, sinto que há qualquer coisa de blasfêmia em falar de como o budismo é perfeito enquanto filosofia ou ensinamento, sem saber o que ele é na realidade.
Praticar zazen em grupo é a coisa mais importante para o budismo - e para nós - porque esta prática é o modo de vida original. Sem conhecer a origem das coisas, não podemos avaliar o resultado do esforço de toda uma vida. Nosso esforço há de ter algum sentido. Encontrar o sentido de nosso esforço é encontrar a fonte original de nosso esforço. Não devemos nos preocupar com o resultado de nosso esforço antes de conhecer sua origem. Se a origem não for clara e pura, nosso esforço não será puro e o resultado não nos satisfará. Quando retomamos nossa natureza original e incessantemente nos esforçamos a partir dessa base, então apreciamos o resultado de nosso esforço momento após momento, dia após dia, ano após ano. Eis como devemos apreciar a vida. Aqueles que se apegam apenas ao resultado de seu esforço não terão qualquer oportunidade de apreciá-lo, porque o resultado nunca virá. Mas se, momento após momento, seu esforço emergir de sua origem pura, tudo quanto você fizer será bom, e você ficará satisfeito com qualquer coisa que faça.
A prática do zazen é a prática em que retomamos nossa forma pura de viver, para além de qualquer idéia de posse, fama ou lucro. Pela prática, conservamos nossa natureza original tal qual ela é. Não há necessidade de intelectualizar acerca do que é nossa natureza pura, original, mesmo porque está além de nosso entendimento intelectual. Não há necessidade de apreciála, porque está além de nossa apreciação. Assim, apenas sentarnos, sem qualquer idéia de ganho e com a mais pura intenção, permanecendo tão tranqüilos como a nossa natureza original - esta é nossa prática.
No zendô, nada há que seja decorativo. Apenas chegamos e nos sentamos. Depois de comunicar-nos uns com os outros, vamos para casa e retomamos nossa atividade diária como uma continuidade de nossa prática pura, apreciando nosso modo de vida verdadeiro. Contudo, isto é muito pouco usual. Onde quer que eu vá as pessoas me perguntam: "O que é budismo?", com seus cadernos preparados para anotar minha resposta. Vocês podem imaginar como eu me sinto! Mas, aqui, só praticamos zazen. É tudo o que fazemos e somos felizes nesta prática. Para nós, não há necessidade de entender o que é o Zen. Nós praticamos zazen. Assim, para nós não há necessidade intelectual de saber o que é o Zen. Isto, penso eu, é muito incomum para a sociedade americana.
Nos Estados Unidos existem muitos modos de vida e muitas religiões; assim, parece bastante natural falar sobre as diferenças entre as várias religiões e comparar umas com as outras. Mas, para nós, não há necessidade de comparar budismo e cristianismo. Budismo é budismo, e budismo é a nossa prática.
Quando praticamos com uma mente pura, nem sequer sabemos o que estamos fazendo. Assim, não podemos comparar nosso caminho com qualquer outra religião. Algumas pessoas podem dizer que Zen-budismo não é religião. Talvez seja assim, ou talvez o Zen-budismo seja uma religião anterior à religião. Desse modo, não seria uma religião no sentido usual. Mas é maravilhoso e, embora não o estudemos intelectualmente, embora não tenhamos catedrais nem ornamentos decorativos, podemos apreciar nossa natureza original. Isto é, penso eu, bem fora do comum. (Shunryu Suzuki Rōshi, Mente Zen, Mente de Principiante, Editora Palas Athena)
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Dia de Prática - Julho
A Associação Zen
de Campinas anuncia a atividade que segue:
DIA DE PRÁTICA
- Local: R. Dez de Setembro, 130 - Campinas -
SP. Veja como chegar aqui.
- Data: Sábado, 27 de julho. Chegada às 6h45min.
Encerramento às 17h10min.
- informações /
INSCRIÇÕES: até 25 de
julho, pelo e-mail azccampinas@gmail.com
- INVESTIMENTO: R$10,00. Refeições não incluídas
(traga seu alimento vegetariano já preparado).
- Atenção: Atividade para praticantes regulares
de zazen, ou que tenham ao menos recebido a introdução na AZC. Atividade
para adultos. Esta atividade não cancela a prática regular das 16 h. Quem for
praticar apenas a partir desse horário, favor chegar em silêncio.
- REGRAS: Para o Zazen, vestir roupas leves e
folgadas, de cor preta (ou neutra); shorts, roupas decotadas, coladas ou
sensuais, roupas coloridas ou com estampas e/ou dizeres, bem como uso de
enfeites e perfumes são inadequados. Trazer chinelos, zafu e zabuton (caso
os possua). Os celulares deverão permanecer desligados (casos de extrema
necessidade serão analisados). Contribua para o bom aproveitamento da
prática, MANTENDO SILÊNCIO DURANTE TODO O DIA. Sente-se em Zazen pouco
antes dos períodos, não espere ser chamado. Tire suas dúvidas,
dirigindo-se somente aos organizadores.
AGUARDAMOS SUA PARTICIPAÇÃO!
"Se podes treinar com afinco, isso é a Verdadeira Iluminação."
(Fukanzazengi)
Mestre Eihei Dōgen, 1200 - 1253
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